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Conhecimento para profissionais de educação e pais atípicos em Santa Maria


Trabalhar a inclusão e levar conhecimento. Estes são os objetivos do I Seminário de Interação e Capacitação que acontece no próximo sábado (07), na Escola Santa Maria, na localidade de Santa Maria, Região Norte do município. O tema principal vai tratar sobre as políticas públicas voltadas às crianças atípicas, diagnosticadas com autismo.


O evento, que vai acontecer das 8h às 13h, está sendo organizado pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos, em parceria com a Secretaria de Educação Ciência e Tecnologia e Secretaria de Saúde, na área da Saúde Mental. Haverá ainda a participação do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), que vai cadastrar os pais atípicos para obtenção de carteira de gratuidade no transporte público e de estacionamento preferencial.


O seminário tem mais de 100 pessoas inscritas, entre elas, moradores de Santa Maria, Santo Eduardo, Murundu, Mata da Cruz, Paraíso, Palmares e outras localidades. São profissionais da educação, mediadores, cuidadores, assistentes sociais e pais atípicos. Durante a manhã haverá palestras com psicólogos que atuam no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de advogados que vão falar sobre as leis que protegem as pessoas autistas.

O secretário de Administração e Recursos Humanos, Wainer Teixeira, falou que a iniciativa em promover o seminário surgiu das visitas que a pasta vem fazendo às escolas do município para saber suas demandas funcionais e administrativas. “Nós fizemos um trabalho através da assessoria de gabinete e visitamos as 246 unidades da educação. A nossa pasta está fazendo junto, numa parceria com a Secretaria de Educação, um levantamento de necessidades e recursos na região Norte e identificamos essa possibilidade de participação com esse seminário. Eu estou muito feliz, porque a gente tem estimulado em todas as unidades da Prefeitura um investimento em qualificação. Vou ter o prazer de estar falando sobre a importância das relações humanas no atendimento”, afirmou.


A psicóloga e coordenadora de CAPS, Giovana Moreira, falou da importância da capacitação. “Atendemos um público de autismo e verificamos que existe uma demanda escolar muito grande, em como lidar com o autista, por isso resolvemos unir forças, juntando saúde e educação para poder estar levando conhecimento para essas famílias, para esses professores, mediadores e cuidadores a fim de estar agregando ao cuidado dessa criança. Queremos levar as formas de cuidado no dia a dia e os seus direitos. É essa a nossa proposta, é gerar um momento de reflexão, de troca entre todas as pessoas que estão envolvidas nas crianças atípicas”.

Para Giovana, é preciso ter atenção ao assunto e para as pessoas que moram longe da área central ações como o Seminário de Interação e Capacitação, são imprescindíveis para se trabalhar o tema da melhor forma. “Hoje, há mais estudo a respeito do tema, ele está sendo falado, há mais mobilização, por isso, as pessoas estão mais atentas aos sintomas, e por consequência passando pelo processo de avaliação, que muitas vezes não é fácil fechar, por isso a importância em falar sobre e capacitar nossos professores e mediadores, em especial para as pessoas que possuem autismo leve, que são mais difíceis de detectar. Daí a importância do olhar atento da escola. A proposta é trabalhar a inclusão e o que a gente pode fazer para que essas crianças sejam incluídas”.

Para as mediadoras, Caroline Dias e Caroline Coutinho, falta conhecimento, tanto em relação aos pais, quanto aos profissionais. “Este é um dos objetivos deste encontro, agregar conhecimento para essas pessoas, tanto para os profissionais, como para nós profissionais da educação. O autismo, a inclusão, é algo ainda novo e que está sendo agregado bem devagar. O autista nível 1, por exemplo, é mais difícil de detectar, por isso precisamos estar atentos aos sinais, a fim de dar esse alerta para a família”, disse Caroline Coutinho.


“A nossa realidade hoje é buscar conhecimento para passar para os pais. A gente entende também que os pais, se sentem perdidos muitas das vezes, então tentamos passar uma tranquilidade em relação à adaptação de atividades e perceber que o filho está evoluindo”, explicou Dias.


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