Cerca de 100 famílias estão sendo contempladas pelo Programa Família na Escola (PFE) em Campos. Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), através do Programa Saúde na Escola (PSE), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o PFE visa promover a parceria entre a família e a escola, por meio de ações conjuntas de formação das habilidades parentais, de incentivo ao acompanhamento das atividades escolares dos filhos e de garantia dos direitos da criança, com foco no fortalecimento dos vínculos familiares e no desenvolvimento integral da criança.
No final do mês passado (dia 26), algumas dessas famílias contempladas participaram de uma certificação do programa, no Teatro Municipal Trianon, com a presença da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Cristiane Britto; prefeito Wladimir Garotinho e a primeira-dama, Tassiana Oliveira; deputada federal, Clarissa Garotinho; deputado federal, Hélio Lopes; deputada federal, Rosangela Gomes; do secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha; e secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres.
Claudia Márcia Viana, 50 anos, foi aluna da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e se formou em 2020. Agora, seu esposo Amando Valter também voltou aos bancos escolares na mesma unidade da filha Amanda, do 9º ano de escolaridade, na Escola Municipal 29 de Maio, bairro Pecuária. Eles são alguns dos beneficiados pelas ações do PFE.
“Está sendo excelente, já participei de várias palestras na escola e minha filha descobriu um problema de vista no dia que o PSE foi na escola. Assim, ela pôde ir ao oftalmologista. Ela não enxergava direito e a gente não sabia. Agora ela melhorou o desenvolvimento na escola e em casa”, garantiu a mãe.
Aline Linhares, 34 anos, mãe do Kaio Gabriel, 7 anos, explicou como o PFE está auxiliando. “A gente aprende como lidar melhor com nossos filhos, como conversar com eles, a relação melhorou, ele fez acompanhamento com psicóloga. Só tenho a agradecer”, disse.
Para a diretora da unidade, Adriana Martins de Matos, o programa ajuda a detectar situações que, no dia a dia, a escola nem sempre consegue perceber tão rapidamente. “A presença das famílias na escola nos ajuda a identificar, de forma mais rápida, as dificuldades que nossos alunos possam estar enfrentando em casa e, com isso, a gente consegue dar mais atenção àquela situação. O projeto incentivou o desenvolvimento de ações que, antes, a escola não tinha prática. É um espaço de acolhimento e escuta, onde os pais se abrem mais e compartilham suas dificuldades e experiências. Quem ganha é sempre o aluno primeiro, mas todos os membros da família são beneficiados. Após a pandemia, todos voltamos diferentes e as crianças estão precisando ainda mais desse auxílio”, pontuou.
A vice-diretora Rachel dos Santos, acrescentou que as ações ajudam a reduzir o baixo rendimento escolar. “Os relacionamentos ficaram ainda mais difíceis após a pandemia. Essas crianças trocaram a sala de aula pelas ruas. E não é fácil conseguir a disciplina deles novamente. Por isso o programa veio para somar”, destacou.
De acordo com o secretário Marcelo, as ações envolvidas no projeto seguem etapas de reconhecimento parental. “Ou seja, evocam qual lugar o responsável pela criança/adolescente ocupa no seio familiar; quem ele é enquanto pessoa humana; qual lugar a criança ocupa nesse seio familiar; como melhorar, estreitar as suas relações com a escola, e seu papel enquanto instituição na vida da criança; e quem são família e escola enquanto instituições legais, etc. São ofertadas oficinas pedagógicas; palestras; modalidades esportivas; integração com outras ações do PSE; entre outros serviços”, afirmou o secretário Marcelo.
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