O Seminário em Comemoração ao mês da Síndrome de Down, realizado pela Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais (Apoe) nesta quarta-feira (29), foi um sucesso. O evento contou com a participação da subsecretária de Educação, Rita Abreu, representando o secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres. Ela falou sobre as ações implementadas pelo governo municipal no que tange à Coordenação de Educação Especial Inclusiva da rede municipal de ensino.
“O prefeito Wladimir Garotinho sancionou a lei nº 9.145, de 05 de maio de 2022, que institui a Política Municipal de Atendimento para Educação Especial Inclusiva em Campos. O objetivo é assegurar o acesso, a permanência, a participação plena e a aprendizagem de bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades ou superdotação nas unidades escolares da rede municipal. A partir da sanção da lei, a Secretaria de Educação realizou o processo seletivo para contratação temporária de mediadores e cuidadores para atuarem na rede municipal de ensino e centenas deles já estão em nossa rede auxiliando nossos alunos com necessidades educacionais especiais”, afirmou Rita.
Ela lembrou que também foi criada a Escola de Aprendizagem Inclusiva na Cidade da Criança. Além disso, diversas capacitações sobre o tema estão sendo ofertadas desde 2021. Além disso, um novo processo seletivo para contratar mais mediadores está em fase final de elaboração e, em alguns dias, será publicado no Diário Oficial.
O presidente da Fundação Municipal da Infância e Juventude, Leon Gomes, também marcou presença. A presidente da Apoe, Pryscila Marins, ministrou palestra sobre o Direito das Pessoas com Deficiência. Ela é subsecretária do Procon/Campos, mestranda em Planejamento Regional e Gestão de Cidades e advogada especialista em Direito Público. Já atuou como secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social.
A vice-presidente da instituição, Elisangela Faria, falou sobre o tema Síndrome de Down: mais informação, menos preconceito. Ela é pedagoga, psicomotricista e psicopedagoga com especialização em Educação Especial, Autismo e TDAH, além de servidora pública.
“O evento foi um sucesso, superou nossas expectativas, ficamos muito contentes com o resultado. Recebemos os familiares dos usuários, diretores de escolas, professores mediadores, entre outros profissionais. Queremos promover mais momentos assim, pois é interessante as pessoas conhecerem o trabalho que a gente desenvolve na Apoe, que é uma instituição terapêutico-assistencial. Oferecemos serviços na área da saúde (individualizado) e também as terapias em grupo: oficinas de habilidades, arteterapia, artesanato, enfim. Nesse mês, a gente quis aproveitar para levar mais informações e tirar o preconceito da sociedade, pois a síndrome de down não é uma doença, e sim uma condição genética. Quando as pessoas acometidas pela síndrome são bem estimuladas em escolas e instituições como a Apoe, que abraçam a inclusão, e recebem terapias necessárias ao seu desenvolvimento, elas avançam”, comentou Elisângela.
O fisioterapeuta com especialização em Coluna Vertebral, Gustavo Carreira, ministrou palestra sobre o papel do fisioterapeuta na estimulação precoce. Já Patrícia Helena caixão falou sobre o papel do fonoaudiólogo na estimulação precoce. Ela é fonoaudióloga, pedagoga e professora especialista em Planejamento Educacional, Ambiental e Sustentabilidade.
A assistente social e psicóloga, Fabiana Teixeira, especialista em Gestalt Terapia, mestre em Cognição e Linguagem, contribuiu abordando o tema A inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
“Fomentar essas discussões é muito importante parta tornar nossa sociedade mais inclusiva, principalmente no mercado de trabalho. Na Apoe, promovemos um projeto chamado Qualificando-se para vencer desafios, por meio do qual qualificamos 50 adolescentes para serem inseridos no mercado de trabalho formal, através de treinamentos dentro de um mini-supermercado que temos na própria instituição. Também oferecemos oficinas de psicologia e serviço social, trabalhamos a saúde mental, enfim. Falar sobre esse tema é sempre uma causa que humaniza qualquer pessoa, sobretudo o profissional de saúde mental que lida diretamente com a parte cognitiva desses usuários”, disse Fabiana.
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