A união entre o poder público, a academia (universidades) e entidades da sociedade civil para indicar caminhos para o desenvolvimento regional marcaram o último dia de debates do seminário Painel Regional, realizado nesta quarta-feira (19), na Universidade Estácio de Sá. Dirigentes do Porto do Açu, Sebrae, Senai, universidades (Uenf, IFF e UFF), Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação participaram do evento, realizado em dois dias, no IFF e na Estácio. Foram apontadas as potencialidades e a inovação como as energias alternativas que fortalecem o caminho para o desenvolvimento.
A realização do Painel Regional com foco no tripé formado pelo empreendedorismo, pelo despertamento para a relevância das energias alternativas e pela inovação como fatores preponderantes para alavancar o desenvolvimento, foi iniciativa da Secretaria de Energia, Petróleo e Inovação com participação da Universidade Estácio de Sá, IFF, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia e apoio da UFF (Universidade Federal Fluminense), Universidade Cândido Mendes e do Isecensa (Institutos Superiores de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora) e das entidades da sociedade civil, a saber, CDL, ACIC, Firjan, Senai e startaps como a Tec Campos.
“O novo caminho do emprego que será demandado em Campos e região passará pela inovação e certamente que neste contexto estão as energias alternativas com papel preponderante. Campos e municípios da região estão recebendo empresas que aplicam a inovação e da mesma forma temos várias empresas instaladas há tempos que estão buscando inovação para adequar seus sistemas produtivos e serem competitivas no mercado”, observa o Secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves.
Ele acrescenta que “a região de Campos é de grande potencial para produzir energias alternativas, como a energia verde do hidrogênio e parques eólicos no Porto do Açú, as 30 Usina Fotovoltaicas em Campos e municípios vizinhos. Somente as plantas de geração de energia fotovoltaica vão gerar cinco mil empregos e, enquanto poder público, em conformidade com as políticas de fomento ao desenvolvimento da gestão Wladimir Garotinho, estamos promovendo a interface entre os atores de interesse que são os desenvolvedores de inovação tecnológica (universidades e startupas) e os empreendedores e empresas que vão aplicar os conhecimentos”.
Durante o debate, o Coordenador Regional do Sebrae, Guilherme Reche enfatizou que “é preciso estar preparado para atender os empresários para que possam oportunizar com o que o mercado oferece e, por isso, é nossa missão fazer com que o ambiente seja o mais produtivo possível”.
A Gerente Geral de Desenvolvimento Portuário do Porto do Açu Operações S.A., Fernanda Sossai afiançou que, devido as potencialidades da região para a geração de energia limpa, que o Porto está na transição para a energia limpa.
“O Porto do Açu é porto de energia com vocação para o óleo e gás, mas estamos nos posicionando para a transição para o baixo carbono e para isso, estamos direcionando os esforços para nos privilegiarmos dessa nova industrialização. Ela apresentou a plataforma já elaborada pelo Porto para abrigar indústrias de baixo carbono que tem o hidrogênio como fator de energia limpa de grande valor na atração de indústrias, como fabricantes de fertilizantes, da amônia e outros produtos”, informou a executiva Fernanda Sossai que esteve acompanhada do Gerente de Relacionamento com Comunidades na Empresa Porto do Açu e que fez ampla explanação dos 15 projetos para a implantação de plantas de geração de energia limpas renováveis como a eólica.
O subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Knust, destacou que “as políticas públicas que são implementadas pelo Governo Wladimir Garotinho para o desenvolvimento do setor favorecem em muito o quadro atual”.
O diretor de Inovação da Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação, Luis Magalhães mediou os debates no formato de pitch (pequenas apresentações das ideias e sugestões, conforme os temas abordados pelos participantes da mesa) seguido de debate. Magalhães apresentou números expressivos dos investimentos por empresas do setor de energias alternativas que investem nas instalações de usinas de geração fotovoltaica e eólica em vias de prospecção dos investidores no ambiente offshore. “Hoje Campos gera seis giga watts de energia fotovoltaica, e é a segunda da cidade do Estado, contra os oito Gigas gerados na cidade do Rio que é a primeira colocada no ranking estadual, mas a cidade tem usinas em vias de instalação com potencial instalado para 50 giga watts”, destacou Luis Magalhães.
Contribuíram com o debate técnicos da área tecnologia da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, da Universidade Estácio, do Senai/Firjan, do Sebrai, Uen e outras instituições, respectivamente, a Subsecretária da pasta da Educação, Suzana da Hora Macedo; a Gerente de Relações Institucionais da Secretaria, Ludmila da Matta; a Gerente de Leonora Tinoco; a Coordenadora de Projetos de Ciências, Carla Sales e a Coordenadora de Articulação de Projetos, Adriana Crespo; o Diretor de Energia da Secretaria de Petróleo, professor, João Batista Pessanha; o Coordenador do Curso de Energia Elétrica da Estácio, Moisés Duarte Filho; e o Técnico de Educação do Senai/Firjan, Bruno Guimarães Mothé.
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