Programa Bolsa Família/Ficai na Educação na busca ativa de alunos evadidos
A medida visa diminuir as taxas de evasão escolar. A fase branca do quadro epidemiológico da covid em Campos favorece a intensificação das visitas dos assistentes sociais nas unidades escolares

Foto: Divulgação
A coordenação do Programa Bolsa Família/Ficai na Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) intensificou a busca ativa de alunos na rede municipal de ensino neste ano. Com o quadro epidemiológico mais favorável na cidade e o município estando na fase branca da covid-19, o acompanhamento presencial foi reforçado. Nesta quinta-feira (9), a supervisora da coordenação, assistente social Silvia Teixeira, promoverá visita e escuta qualificada na Escola Municipal José Giró Faísca, em Travessão. Nos últimos dias, foram realizadas rodas de conversas, palestras e atendimento individualizado em várias unidades, como Escola Municipal Santa Maria, Escola Frederico Paes Barbosa e CIEP Wilson Batista.
"Vamos ao encontro das famílias cujos filhos não estão acompanhando as atividades pedagógicas, primeiro por telefone, depois presencialmente. Nosso objetivo é, junto com a equipe de assistentes sociais, oferecer uma escuta qualificada, identificando os motivos pelos quais os pais não estão retirando as apostilas dos filhos ou participando dos grupos de whatsapp da escola ou ainda das demais plataformas. Em alguns casos é necessário um trabalho intersetorial e nós fazemos os devidos encaminhamentos, como por exemplo, avaliação psicológica", explicou Silvia.
A Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficai) visa estabelecer o controle da infrequência e do abandono escolar de crianças e adolescentes. O serviço é fruto de parceria firmada com o Ministério Público Estadual, os Conselhos Tutelares e a Seduct, como explica o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres:
"Os gestores das unidades escolares informam a infrequência dos seus alunos para que um professor-articulador faça as intervenções e os contatos com as famílias. Quando não há sucesso nas intervenções, as unidades encaminham os casos ao Departamento de Serviço Social da Seduct, que convoca os pais ou responsáveis, promove visitas domiciliares, encaminha para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), entre outras medidas, visando ouvir, apoiar, orientar os pais e identificar possíveis necessidades ou demandas, como questões de saúde, violência e/ou alimentação, por exemplo, que possam estar inviabilizando o comparecimento à escola", informou Marcelo.
Reportagem: Kamilla Uhl