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Roda de conversa com assistentes sociais no combate à evasão escolar


Uma roda de conversa foi realizada na manhã desta segunda-feira (13), na Escola Municipal Marechal Arthur da Costa e Silva, em Guarus. Uma equipe do Programa Auxílio Brasil/Ficai falou sobre o preenchimento da Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (Ficai) e da importância da frequência escolar. A ação foi voltada para os pais ou responsáveis dos alunos faltosos. Trata-se de um trabalho de rotina do programa, uma ação que conta com assistentes sociais e profissionais das unidades escolares, visando combater a evasão escolar. A coordenadora do Auxílio Brasil/Ficai, Sílvia Teixeira, explicou que a Ficai só é aberta quando o aluno tem três faltas consecutivas. "Diante das faltas, o articulador da escola entra em contato com a família para saber o motivo das faltas. Se for algo relacionado a questões sociais, é encaminhado para os assistentes sociais da Seduct e, caso haja violação de direitos, o Conselho Tutelar é acionado", explica Sílvia. Com uma filha matriculada na escola, a autônoma Géssica da Conceição Ribeiro Alves disse que recebeu o chamado da escola. "É muito difícil porque nem sempre posso trazer. Sou autônoma e se não trabalhar não ganho. Recebo cerca de 900 reais, indo todos os dias. O bolsa família me ajuda muito porque já tenho garantido a alimentação dos meus filhos. Agora, estou recebendo também o Cartão Goitacá de 200 reais, que é uma grande ajuda. Sem essas ajudas eu não conseguiria sustentar minha família, sou mãe solo. Agora, após a conversa, estou mais tranquila porque sei que vou ser ajudada", afirmou Géssica. Mãe de 4 filhos na escola, Elisângela Ingrid Barbosa Ferreira, também estava na roda de conversa. Ela conta que a filha Laise, 17 anos, parou de frequentar as aulas em março por estar grávida. "Ela estava reclamando de dores e disse que quando o bebê nascer, ela volta", disse Elisângela. Já Camila da Silva Monção justificou que o filho Heron, 4 anos, ficou doente precisando se ausentar por 12 dias. "Ele estava com febre. Não tinha como trazer", explicou Camila. A Escola Marechal Arthur da Costa e Silva tem 954 alunos e registra 10% de alunos infrequentes. A vice-diretora da instituição, Ana Luiza Carneiro Motta, explica que os motivos são variados. Gravidez, mudança de endereço, dificuldade para acordar cedo, entre outros. "Há ainda os alunos que a gente não consegue contato. Esse tipo de conversa é muito importante porque os pais aprendem que a infrequência atrapalha muito a criança, pedagogicamente. É importante que eles nos dêem retorno se a criança estiver doente, levem no médico para que peguem o atestado e a gente possa abonar as faltas", ressaltou Ana. A Ficai visa estabelecer o controle da infrequência e do abandono escolar de crianças e adolescentes. O serviço é fruto de parceria firmada em 2015 com o Ministério Público Estadual, os Conselhos Tutelares e a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct).

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