O secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, promoveu reunião on-line, nesta terça-feira (31), com Pedro Vilela Capanema Garcia, gerente da área de Responsabilidade Social, Marca e Reputação da Eletrobras, e com Claudia Quintanilha Aziz, servidora da Superintendência de Comunicação da Eletrobrás. O objetivo foi buscar parcerias para a implantação do Centro de Referência em Educação e Vivência Inclusiva, que vai funcionar na Cidade da Criança e do Futuro, antigo Parque Cidade da Criança Zilda Arns. A unidade passou a ser administrada pela Seduct por meio de decreto publicado em Diário Oficial neste ano.
A assessora técnica da Secretaria, Catia Mello, e o vereador e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara Municipal de Campos, Leon Gomes, também participaram da reunião. O projeto integra as ações da Seduct visando à inclusão, conforme prevê o Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE).
Marcelo destacou que o Centro será um espaço com múltiplas dimensões. "Haverá espaço para capacitação de profissionais na área da educação inclusiva; atividades nas áreas da saúde, esporte, lazer com brinquedos adaptados, entre outros serviços. Para isso, desenvolvemos um projeto que seja sustentável, com base em uma política pública inclusiva que não seja interrompida com o passar dos anos", assegurou.
Recentemente, o secretário também abriu diálogo com representantes da Petrobras; e com o coordenador-Geral de Promoção de Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Fábio Alcântara Portilho Dias. Além deles, Marcelo se reuniu com diretores da Via Varejo, que administra as marcas Casas Bahia e Ponto Frio, para apresentar o projeto do Centro de Referência.
"O Instituto Municipal Helena Antipoff já confirmou apoio à Seduct e vai capacitar os profissionais da rede municipal de ensino", afirmou Marcelo. O Instituto é um estabelecimento público de ensino especializado em Educação Especial, ligado à Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, e é centro de referência em Educação Especial no Brasil.
Para Cátia, que é mãe atípica, "Nenhum empreendimento se desenvolve sozinho, especialmente, diante das diversas demandas impostas nos dias de hoje. Neste sentido, a agenda de hoje com a Eletrobrás, visa a busca de parcerias com o objetivo de complementar recursos e capacidades para o atendimento das necessidades que sozinhos não somos capazes de realizar."
Leon é pai atípico de Benjamin Elias e autor da lei municipal que leva o nome do filho. Ele falou sobre os serviços ofertados atualmente na Cidade da Criança, como, por exemplo, um polo de vacinação da Prefeitura de Campos.
"É muito difícil para crianças autistas esperarem em filas. Vai ser maravilhoso poder contar com brinquedos pedagógicos inclusivos enquanto aguardamos o atendimento, diminuindo a irritabilidade dos autistas. As famílias atípicas não precisam de pena, de piedade, mas queremos deixar de ser uma causa invisível. Precisamos trazer o setor público e o privado para dentro dessa causa inclusiva. Que as empresas possam investir entendendo que vidas estão sendo transformadas. Esse projeto da Secretaria de Educação é uma grande esperança para nós pais, a realização de um sonho, pois estamos vendo que o poder público está olhando para nós com carinho e cuidado", comentou o vereador.
Pedro Vilela garantiu que vai levar o projeto ao Gabinete da presidência da Eletrobras e também irá encaminhar para análise da diretoria de Furnas - controlada pela Eletrobras - e com instalações na Região Norte Fluminense.
"Também vamos intermediar o contato da Secretaria de Educação com o Projeto Pulsar do Instituto Incluir, visando à capacitação dos profissionais da rede municipal de Campos, e outras parcerias. Parabenizo o que vocês estão fazendo aí em Campos, pois essa é uma questão de cidadania e direitos humanos fundamental. Também dou os parabéns por essas e outras iniciativas como a lei Benjamin Elias a que se referiu o vereador Leon. Todo mundo ganha com isso, não somente as pessoas com necessidades educacionais especiais, mas toda sociedade”, afirmou Pedro.
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