O “Hora da Educação” desta semana apresentou as três unidades escolares da rede municipal de ensino foram premiadas na Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (XVII Fecti), realizada no último sábado (25) e domingo (26). Essa é a maior feira de ciências do Estado e envolve projetos de diferentes segmentos e áreas. Uma delas, a Escola Municipal Cláudia Almeida Pinto de Oliveira, em Farol de São Tomé, foi indicada para a Feira Nacional Ciência Jovem, em Pernambuco. Essa é a primeira vez que uma escola municipal de Campos alcança esse êxito. O programa é apresentado pelo secretário de Educação, Ciência e Tecnologia Marcelo Feres e pode ser visto aqui.
O município conquistou na Fecti o 1º lugar nas 2 categorias do Ensino Fundamental - 6º e 7º anos e 8º e 9º anos; e também conquistou o 4º lugar na categoria 6° e 7º anos. A E.M. Claudia Almeida Pinto de Oliveira, de Farol, ficou com 1º lugar - 6º e 7º anos, abordando o tema “Coagulante para tratamento de água a partir do cacto Pilosocereus arrabidae”. A E.M. Dr Luiz Sobral, do Jardim Carioca, levou o 1º LUGAR - 8º e 9º anos, com o tema “Cotoco arte, a arte a serviço da sustentabilidade”. E a E.M. Nossa Senhora Aparecida, em Santo Eduardo, conquistou o 4º lugar- 6º e 7º anos, com o projeto “Embalagens Tetra Pak: material isolante térmico para o ensino de Ciências”.
Marcelo Feres destacou a importância da premiação para toda a Rede pública municipal. “Quando a gente apresenta esse grupo de alunos premiados ficamos muito satisfeitos. Os alunos da E.M Cláudia Almeida estão seguindo para Pernambuco pois vão representar o Rio de Janeiro na etapa nacional, que acontece ano que vem. Temos ainda os alunos das escolas Luiz Sobral, primeiro lugar de 8º e 9º ano, ou seja, não sobrou nada para os outros municípios. Vocês levaram todos os prêmios do Ensino Fundamental. Temos escolas aqui de regiões diferentes como Farol de São Tomé, Santo Eduardo e Guarus e isso nos enche de alegria e orgulho”, pontuou o secretário.
Para a coordenadora de Ciência da Seduct, Carla Salles, o grupo alcançou um resultado muito expressivo, o que evidencia a importância de dar estrutura às escolas e condições para que o gestor e os alunos possam realizar pesquisas. “Tudo isso é importante para que possam executar o método científico, que é observação, levantamento de hipóteses, o teste dessas hipóteses e a discussão dos resultados que estamos consagrando agora. Um marco para nosso município. Eu estou na Rede há 20 anos, há 14 à frente da Coordenação de Ciências e nunca tivemos um destaque na Fecti como este de 2023, mostrando que estamos no caminho certo e vamos alcançar muito mais porque temos condições para isso. Temos o projeto Lab Mais com laboratórios de Ciências, Robótica, Matemática e, além disso, a aquisição de tablets, computadores e chromebooks”, destacou Carla.
EXPERIÊNCIA DE ALUNOS E PROFESSORES
Alunos da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, Antonella e Ryan falaram sobre o projeto que desenvolveram com embalagens tetra pak como isolante térmico. “A gente decidiu trabalhar com essas caixinhas porque vimos que poderia ser um ótimo isolante. Fizemos testes, tivemos ótimos resultados. Contamos com a ajuda da comunidade para conseguir juntar as caixinhas de leite, lavamos, cortamos, pegamos folha sulfite, papel A4 e ferro de passar roupa e passamos por cima. O plástico derreteu, grudou na folha e ficou bem sustentável, formando uma peça única”, finalizou Antonella.
Gestora da Escola Cláudia Almeida Pinto de Oliveira, Cláudia Maria dos Santos Souza Barreto, falou sobre a importância da Ciência na sala de aula. “É a teoria e prática atreladas, o sentimento de pertencimento dos alunos na escola. A Ciência fez com que toda essa magia acontecesse. A aprendizagem é o processo de todo esse orgulho. A gente vive um momento muito importante porque a Ciência é desafiada pelo censo comum. Enquanto gestora, meu papel é apoiar a Ciência e os laboratórios foram fundamentais para essa conquista”, disse Cláudia.
Gestora da E. M. Doutor Luiz Cabral, Paula Farah, disse que a premiação mostra a persistência e a vontade dos alunos de aprender. “Através desse tipo de experiência eles percebem que com treino, vontade e conhecimento eles podem tudo nessa vida. Acho que dá um estímulo muito maior que apenas uma sala de aula. É isso que a gente precisa, precisamos de mais projetos e menos o modelo clássico de educação, apenas centrado na sala de aula. Eles precisam da prática”, argumenta Paula.
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