A secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto, realizou reunião, nesta terça-feira (1) com o Subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, na qual propôs a criação do Manual de Vigilância em Saúde para Estabelecimentos de Educação Infantil. Destinado aos responsáveis pelas instituições de ensino de educação infantil para a regularização perante a Vigilância Sanitária e cumprimento das medidas preventivas de Vigilância em Saúde para reduzir ou eliminar riscos de acidentes e transmissão de doenças.
A medida servirá tanto para unidades públicas quanto privadas.
O documento, segundo Tânia, visa subsidiar o trabalho dos gestores e profissionais da educação, fornecendo orientações técnicas para reduzir ou eliminar riscos de transmissão de doenças, estabelecer requisitos mínimos das construções e ambientes escolares, instalação e funcionamento de estabelecimentos de educação infantil, assim como fixar medidas de segurança para a criança que convive nesses ambientes e para condições de trabalho adequadas às necessidades dos funcionários.
“Por ser uma rede municipal muito grande e que absorve um volume muito expressivo de público da primeira infância, e sabendo que temos aproximadamente 18 mil crianças em idade de creche e de pré-escola em nossas unidades, estamos pensando na construção desse manual, a exemplo do que já acontece em outros municípios que já vêm caminhando nesse sentido, para elaborar protocolos de atendimentos e de procedimentos tanto no que diz respeito à educação quanto ao bem estar físico dos alunos e, consequentemente, na sua saúde”, afirmou Tânia.
Ela destacou que, atualmente, o contexto escolar tem sido inserido cada vez mais cedo na rotina da criança, como um dos primeiros lugares complementares ao ambiente familiar e necessita de uma série de cuidados para que proporcione um ambiente seguro e agradável para o desenvolvimento das crianças.
“Em se tratando da primeira infância, isso é muito importante para redução da infrequência escolar e também de algumas doenças comuns nesse período, que poderiam se alastrar por falta de conhecimento dos profissionais que atuam com essas crianças, tanto no ambiente escolar público quanto privado. Há de se pensar em protocolos muito claros que ajudem a proteger a saúde na primeira infância, para não sobrecarregar o sistema de saúde e não disseminar doenças que poderiam ser facilmente evitadas ou contidas”, completou a secretária.
Charbell acrescentou que o convívio muito próximo entre crianças e profissionais em instituições de ensino é essencial para formação das crianças, mas também, condição facilitadora para transmissão de doenças infectocontagiosas. Ele explicou que, na vigência de surtos de doenças, os procedimentos de rotina são diferenciados caso a caso.
“A parceria Saúde e Educação é formadora de uma série de benefícios para toda a população. A primeira delas é que a gente vai trazer qualidade de vida para as crianças, reduzir os indicadores de morbimortalidade e, mais ainda, reduzir o absenteísmo escolar, pois, no momento em que temos protocolos bem estabelecidos, tanto do ponto de vista sanitário quanto para doenças infecciosas, a gente consegue manejar de forma oportuna e técnica as crianças que vão ser encaminhadas para ficar em casa, no caso de uma doença infecciosa, por exemplo, indicando, entre outras coisas, quantos dias ela deve permanecer afastada do ambiente escolar. Enfim, a gente vai documentar isso tudo, o que vai facilitar muito nosso manejo, evitar espalhar e aumentar a transmissão de uma doença específica e, ao mesmo tempo, reduzir a infrequência escolar. Ou seja, normatizar protocolos clínicos e sanitários dentro do ambiente escolar, fortalecendo cada vez mais essa relação saúde X escola”, explicou o médico.
Por Kamilla Uhl – fotos: Mauro Antônio
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