A Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) tem investido na Educação Inclusiva com o intuito de oferecer a todos um ensino-aprendizagem acessível e com oportunidades iguais a todos. A prova disso é a contratação de mediadores, a terceira convocação do processo seletivo foi feita este mês. Fernanda Velasco é uma das professoras que atuam na rede como mediadora. Ela é professora, mediadora de Libras e surda oralizada, ou seja, consegue ler os lábios.
Fernanda atua na Escola Municipal Wilmar Cava Barros e tem feito um trabalho que tem despertado o interesse dos alunos com necessidades educacionais especiais. Ela conta que tem buscado métodos novos através de jogos, brincadeiras, pinturas e atividades em Libras para que, de uma forma bem leve, eles consigam aprender o conteúdo ensinado.
"Está sendo muito prazerosa essa oportunidade de trabalhar com crianças, podendo assim passar todos os meus conhecimentos através dessa Língua de Sinais que é Libras. É encantador ver a alegria, a curiosidade e a forma simples que as crianças mostram cada dia mais o interesse em aprender. É a primeira vez que estou dando aula de Libras para criança e está sendo muito gratificante ensinar aos nossos pequenos essa Língua que tenho certeza que no futuro vai fazer toda diferença na vida deles. É gratificante ensinar essa língua para todos, pois, assim eles podem se integrar e se comunicar através de sinais com toda a sociedade", disse Fernanda.
Gestor da Wilmar Cava Barros, Diego Pani Cordeiro, falou sobre a importância da presença do mediador em sala de aula. “Os mediadores representam um papel fundamental no processo de inclusão escolar, visto que esse profissional atua de maneira individualizada na mediação e na facilitação da aprendizagem, atendendo diretamente as questões sociais, pedagógicas, recreativas, de interação entre colegas e nos desafios que esse aluno encontra no dia-a-dia, sem falar também que atua ajudando o professor, de forma que esse professor consiga atender aos demais alunos. O mediador não substitui o professor mas atua gerando motivação, troca de experiências no apoio às linguagens, enfim, é mola central no processo de facilitação da aprendizagem", disse Diego.
A diretora adjunta, Karina Carneiro da Silva Costa, ressaltou que, antes, os alunos atípicos não dispunham de salas de recurso, cuidadores e mediadores. “As turmas que os acolhiam eram chamadas de “classe especial”, e não raro, as crianças eram acomodadas em espaços improvisados. Mediador em Libras era um sonho distante das crianças surdas da cidade. É com muita alegria que recebemos a Mediadora Fernanda para, enfim, oferecermos oportunidade de interação e aprendizado", finalizou Karina.
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